Werther Fever/ Peep Show
“I have been more than once intoxicated, my passions have always bordered on extravagance: I am not ashamed to confess it; for I have learned, by my own experience, that all extraordinary men, who have accomplished great and astonishing actions, have ever been decried by the world as drunken or insane.”
Sorrows of Young Werther.
Sorrows of Young Werther.
desejar, Retalhar, enterrar,
Joseph Cornell, Sorrows of Young Werther, 1966
Photomechanical reproduction, paper, gouache and ink wash on fiberboard.9 x 12 in. (22.9 x 30.4 cm.)Gift of Joseph H. Hirshhorn, 1972 (72.73)
cortar, resgatar, dizer-lhes adeus
cortar, resgatar, dizer-lhes adeus
Etant donnés: 1. La chute d’eau, 2. Le gaz d’éclairage, 1946-1966, Musée d’art de Philadelphie, Marcel Duchamp,Etant donnés: 1º la chute d’eau /2º le gas d’éclairage, 1946-66
esconder/expôr
enquadrar,
perspectivar,
trabalhar dentro da natureza
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consultar:Toutafait
Joseph Cornell/Marcel Duchamp… in resonance
4 comments on “Werther Fever/ Peep Show”
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Bem, duvido que encontre alguma coisa porque nunca me dediquei ao tema. A sério.
Mas esta Susana é muito mais uma pandora que outra coisa. Nas metamorfoses de Ovídeo descreve-se melhor a fama. Acompanhada da Credulitas, Error, Laetitia, Susurri, Sedition, Fears.
Neste caso o espelho, os objectos de vaidade e até a convergência de olhares dá ideia que ela “estava a pedi-las”.
Não tive ideia nenhuma. Andei aí pela “má fama”, mas ainda é mais perverso, porque a Susana não foi leviana, foi espreitada no banho e desejada e a má fama surge como chantagem dos velhos: se o Tintoretto sugere que eles ouviram qualquer coisa, mancha com culpa aquela que é, tradicionalmente, absolutamente inocente e até prefere deixar seguir a chantagem, em vez de lhe ceder. Já viu que ela está em frente do espelho, cheia de objectos de toilette (de vaidade)? O espelho que, do outro lado, tem (esconde) um velho.
Mas não tenho ideia nenhuma: procurava a “Susana” do Psycho e não a encontrei, se bem que é, claramente, da família daquela do Allori que eu também lá ponho. Aproveitei a do Tintoretto para fazer um racord com o espelho da fotografia do Bellmer (aquele para cá e para lá da fotografia é espantoso: o ponto de fuga que devolve, em vez de levar para longe, o segundo conjunto de pernas…). Se, a cara colega, enquanto iconóloga, encontrar uma “Susana” igual à do Psycho, lá nas suas conversas com o Panofsky ou o Warburg, é que me poupava trabalho (até me dava jeito lá para aquela treta de Março).
Olá,
Pois é, este Cornell era bem estranho…
Nunca tinha reparado nesse detalhe dos velhos do Tintoretto. Mas estãos os 2 a escutar, não estão? o outro ao fundo também podia olhar mas escuta. Vem com passinhos de lã mas a escutar.
Não faço ideia mas lembrei-me da simbologia dos rumores. A Ossa que acompanhava a fama. A história da Susana também é uma história de má-fama à custa de rumores.
A menos que o Tintoretto ainda fosse mais perverso e fizesse da história um peep show de olhos fechados
“;O)
Qual foi a ideia que teve? O último velho tem óculos?
Não conhecia o Werther do Cornell. Quando andei entre o Bellmer, o Duchamp e o Hitchcock, este Cornell tinha lá ficado bem.
Uma coisa divertida, quando procurava uma “Susana” para o Psycho, foi reparar que a do Tintoretto não põe o velho do primeiro plano a espreitar mas a escutar: veja bem o tamanho da orelha… O que é que a Zazie acha?