os media, a dona liberdade, os filhos deles e a expressão do pinguim

Não é possível desligá-los por uns dias?

10 comments on “os media, a dona liberdade, os filhos deles e a expressão do pinguim”

  1. Daniela Mann says:

    o melhor é mudar de canal!

  2. Claro que se pode desligá-los. Eu, normalmente, recorro a um botão vermelho que tenho no telecomando 🙂

  3. MP-S says:

    “não existe um choque de civilizações, existe é um choque de ignorancias! Mas aqui pra nós, não vai dar no mesmo?”

    Talvez nao, se a ignorancia for a falta de percepcao de como sao manipulados (de ambos os lados – e la’ estou com barricadas metaforicas!), ao sabor dos interesses e manigancias dos seus lideres politicos e economicos.

    “E nós por cá temos muito prof universitário e muito sábio barbado a dizer que isto é o caos e que é a ditadura planetária do poder islâmico contra a nossa sagrada liberdade jornaleira. “

    Os intelectuais sao os mais indoutrinados, como dizia o outro. :O))

  4. cbs says:

    Zaz
    cheguei agora, e tou cansado demais pra te responder com dignidade 🙂

    Mas estive no fim da tarde numa conferencia do Prof. Dias Farinha da Fac. Letras da UL.
    O homem sabe muito sobre Islamismo e Arabismo.
    Deu uma lição a uma data de meninos do SIS (a coisa tinha a ver com terrorismo).
    Mas sempre pude confirmar directamente; o mundo Árabe (não falo do Islão) foi práticamente subjugado pelos Otomanos no séc.XI e caiu num adormecimento politico e até cultural; no séc.XX aconteceu o Renascimento e a aproximação à Modernidade, mas quem domina de novo são os fundamentalismos.
    Creio que há um ressentimento anti-colonial nos àrabes que liga a Modernidade aos antigos colonizadoes ingleeses, franceses italianos e até espanhois.
    A Irmandade Muçulmana (raíz da Alcaida) nascida nos anos 30 tem estatutos como uma ordem militar medieval, e pretende espalhar o Corão;
    O legitimidade do poder político vem de Deus e deve ser interpretada por um líder carismático (substituto de Maomé); não lembra a Pré-Modernidade Europeia?

    Bem, mas fiquei muito mais humilde nisto; o AgaKhan ontem disse uma ao Sampaio, que me ficou no ouvido, não existe um choque de civilizações, existe é um choque de ignorancias!
    Mas aqui pra nós, não vai dar no mesmo?

    beijocas 😉

  5. Ahab says:

    Coitadinho do pinguim…

    Jonh zorn é muito bom, sim senhora!Mas não sei se nos dias que passam será uma música muito “correcta” para ouvir…

  6. zazie says:

    cbs,

    é verdade, o hinduísmo e o budismo é que estão muito mais distantes mas ao contrário do que dizes não creio que o problema neste caso seja falta de valores deles. É mais perda de valores nossos. O exemplo dos jornalistas dinamarqueses em nada atesta qualquer pedagogia civilizada de superioridade civilizacional em lidar com emigrantes.

    O resto não é questão filosófica mas questão de maior justiça e estrutura social mais maleável cá do que lá. Em termos generalistas porque esta dicotomia de civilizações ou de dogmas de liberdade de informação também é uma grande fraude.

    Como é que categorizavas Portugal há 30 anos atrás a este respeito? não tínhamos liberdade de imprensa, sendo assim ficámos europeus em menos de meio século ainda que sempre tenhamos sido ocidentais.

    A este respeito aconselho a ler o post que o José tem na Grande Loja.

    http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2006/02/cartoons-portugueses.html

    E acerca destas ideias absolutas de culto fora da história também vale a pena ler o que o Paulo Varela Gomes disse.
    “O que me irrita é isto: «Não esqueçamos que a sátira – os romanos diziam mesmo “Satura quidem tota nostra est” – é um género particularmente querido a mais de dois milénios de cultura europeia» (do comunicado que convoca a manifestação de 5ª feira).
    A sério? Foi «querido» durante a Idade Média (mais ou menos 1000 anos dos dois mil de cultura «europeia»)?
    Não é «querido» na cultura indiana – seja o que for que estes palavrões com maiúscula subentendida querem dizer? Ou na chinesa? Ou na dos papuas da Nova Guiné?
    E se assumissem que a sátira é «querida» quando há forças culturais, políticas, sociais, capazes de impor o seu reconhecimento? E se assumissem – portanto – que é melhor falar de história, ou seja de contingência, do que falar, como os parvalhões dos fundamentalistas, em coisas fundamentais, intemporais, metafísicas: cultura «europeia», civilização «ocidental», cultura «muçulmana»…
    Atinem.”

    Por isso é que me deu para gozar com este novo ídolo descoberto de um dia para o outro. A dona “liberdade de expressão”. A honra manchada dessa senhora, tadinha que até parece que é uma santa mais sagrada que o Maomé “:OP

    E também não percebo porque motivo só se considera que “eles” é que são manipulados porque são inferiores e analfabetos. E nós por cá temos muito prof universitário e muito sábio barbado a dizer que isto é o caos e que é a ditadura planetária do poder islâmico contra a nossa sagrada liberdade jornaleira.

    Agora acho que vou pôr o John Zorn a tocar ali ao lado. ehehehe se não os podes vencer junta-te a eles

    “:OP

  7. cbs says:

    Pra não estar sempre no Luis, venho praqui 🙂

    diz-me uma coisa Zaz.
    Não achas os árabes (e não digo o Islão) muito mais próximos dos europeus do que outras culturas.
    Por exemplo a India ou a China? aí sim vejo mundovisões muito diferentes.

    O código de valores árabe parece o nósso antes do século XVI; mas até no século XIX eramos parecidos em muita coisa, como por exemplo um certo conceito de honra ou a relação com as mulheres.
    Pois parece-me a mim (salvo erro, claro) que o mundo árabe é muito parecido com o europeu, está é atrasado na filosofia aí uns cinco séculos.
    E aquilo a que aspiram os scerdotes é colher o fruto material da Modernidade ocidental, sem lhe assumir os valores.

    Impossivel, acho eu, só esta guerra de imagens, parecendo que a ganham na rua, já estão a perde-la a prazo.
    Porque acenderam consciencias.

    Tudo está em mudança, nós e eles.
    Oxalá para melhor, mas mudanças destas sempre fizeram mártires ao molho.

    agora me vou
    até logo e abraços Zaz resmungona 😉

  8. Zorn John says:

    Desligá-los ou interná-los por uns tempos? Parecem-me doentitos, coitados…

  9. Anonymous says:

    por acaso, hoje cruzei-me com a dona liberdade. até me convidou para ir com ela fazer umas comprinhas…

    morggie

  10. cbs says:

    desliga-te deles e atira-lhes uma OPA hostil 🙂

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