(…)Destas festividades era a mais ruidosa e solene a de Corpus-Cristi, na qual se podia gastar todo o necessário por autorização do reiem 1536. Todavia estas despesas,tanto na procissão de Corpus-Cristi,como em todas as outras, assim nas charamelas, como em danças e autos, foram em 1610 arbitradas em vinte mil réis, tirados para isso das rendas do concelho. Compunham esta procissão todas as irmandades e confrarias da vila, Ordens Terceiras, religiões, clero, cabido, e câmara, sendo abrilhantada por numerosos andores, que foram abolidos em 1797, e pelas variadas bandeiras precedidas de bandas e músicas, a que cada um dos ofícios da vila era obrigado.
Para se ajuizar destas danças e músicas, bastará dizer-se, que a dos mercadores em 1735 levava oito rebecas, duas violas, e duas arpas.
Estas danças, apesar de se prolongarem por muitos anos, já em 1640 estavam caindo em desuso; obrigando-se com a câmara os linheiros, ourives, azeiteiros, e tendeiros a dar-lhe todos os anos, cada um destes ofícios seis tochas de cera para a procissão, ficando por isto exonerados da obrigação das danças.
Por esta ocasião, havia em Guimarães corridas de touros, fornecidos pelos marchantes sob graves penas: e tinham ordinariamente lugar no campo do Toural – donde tirara o nome -vigorando tal uso ainda no fim do século passado. Em igual ocasião, e em todas as festas do ano, não era menos curiosa a célebre judenga, que consistia numa dança, e exibição em auto, que ridicularizava as cerimónias e costumes judaicos, parodiando os tipos de alguns judeus convertidos: o que dava quase sempre lugar a muitas disputas e sérias desordens
.(…)

[ Padre António José Ferreira Caldas, “PROCISSÕES E ACTOS SOLENES DA CÂMARA”, Guimarães. Apontamentos para a sua História. 2.ª Edição, Guimarães, CMG/SMS, 1996, parte I, pp. 253/262]

Além do mais, quem trata rende culto a artistas, políticos e a bodes e bruxos, que é que se havia de importar com a cera dos outros

ahahhaa

E não estou a brincar- as pandegas maçónicas do Oliveira Marques levavam muito ateuzinho a urgências de farmácia no meu antigo bairro
“:O)))

As fogueiras laicas foram mais folclóricas. Só é pena que esses “aficionados” tenham a memória mais curta. Afinal foi para porem fim a essa barbárie…

Os santinhos idológicos duram sempre mais nos altares.

Os tempos mudam inevitavelmente para pior, porque são insondáevis os desígnios do Senhor. A Santa Madre Igreja já não nos ilumina com uns judeus e umas bruxas a arder. Só nos dá procissões de velas.
E exige AINDA o protocolo que o papa seja tratado por SUA SANTIDADE!
Como é possível ser-se santo a queimar cera?

Que giro!

Será verdadeira?

Um abraço e muito obrigada

Prezada Zazie,

queres ouvir uma judenga ?
Oiça:
http://eee.uci.edu/programs/rgarfias/jtanz/jtanz.html

Obrigado pelas asas- deste me mais uma vez um tema muito importante !

abraço
Ralf

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