Oratores et laboratores
Tal como a cidade de Deus que se apresenta como um único corpo, é na realidade dividida em três ordens: uma reza, a outra combate, e a última trabalha. Estas três ordens que coexistem não podem desmembrar-se; é sobre os préstimos de uma que se apoia a eficácia das outras duas: cada uma contribui sucessivamente para aliviar as três, e semelhante conjunto, para ser composto de três partes, não pode existir sem uma delas.
[Adalbero Laudunensis (947-1030)- Carmen ad Rotbertum Regem]
Fresco, Caríntia, Áustria, Igreja paroquial. C. 1400-1450
Consultar:Austrian Academy of Sciences- Institut für Realienkunde des Mittelalters und der frühen Neuzeit
Pesquisa:REALonline
4 comments on “Oratores et laboratores”
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O que eu achei piada neste fresco é a escala. É uma coisa macaca, o tamanho dos trabalhadores aos pés dos monges. E o modo como eles lhes dão as pazinhas.
Chatice é que perdi o endereço e aquilo é tramado porque é um site de universidade austríaca.
De qualquer forma, a questão teórica, em termos históricos mantém-se. As grandes pressões e tiranias vieram com a burguesia e maquinaria. A par da movimentação hierárquica, claro.
Mas foi assim o passado e não era este discurso do Adalberto a prova mais eficaz da legimitação das grandes tiranias sobre os trabalhadores.
E não me faças ir buscar exemplos burgueses disso
Essa é um bocadito… ingénua, ó Adalbero.
A lógica feudal era outra. O contacto era directo porque precisavam mesmo uns dos outros. Quem introduziu essa necessiadade de persuasão à força foi a burguesia.
Pergunta ao Lutero o que é que ele aconselhava aos pobrezinhos.
“;O)
“cada uma contribui sucessivamente para aliviar as três”: pelo menos enquanto duas delas mantiverem o poder de persuasão. Não é assim, ó Adalbero?