Macacada da estação parvinha

{sinais dos tempos }


Dantes havia quem dissesse que a superioridade de uma sociedade se media pela forma como tratava os inimigos e os animais. Hoje substituem-nos pela atenção dispensada ao putedo e aos homossexuais

cadeiral de Villefranche-de-Rouergue, colegiada de Notre-Dame, séc. XV

verdadeiramente importante é compreender-se que a ida a votos (ainda que apenas entre os seus) torna tudo mais limpo- incluindo a barbárie.
…………………………………….
acrescento [18/07]
Recomenda-se:
*US hawks smell blood By Jim Lobe
*
THE ROVING EYE . Leviathan run amok.By Pepe Escobar

50 comments on “Macacada da estação parvinha”

  1. zazie says:

    ups! das velinhas, enganei-me

  2. zazie says:

    até há uns de extrema-esquerda que já fizeram notar a percentagem de sangue judaico que possuem. Tudo muito racional e científico

    E deves estar desmemoriado. Já te esqueceste do famosos debate dos pencudos e da manif/vigília das velhinhas do pogrom medieval…

    Aí também houve umas lieiras uniões de intenção, ainda que, tirando os judeus, só a câncio é que fez propaganda de esquerda e politicamente correcta nos jornais, à custa disso

  3. zazie says:

    excepções, errata.

    encontras no PSD e no…

    ahahahah mas tu agora traças a diferença ideológica pelo partido que anda a votos?

    ahahahhaha

    Eu bem expliquei que a ditadura politicamente correcta é ensinada an escola, passa na novela e já dá em concurso televisivo.

    Ainda assim é fracturante de primeira qualidade no BE. Sejamos honestos. Eles merecem essa consideração.

    “onde é que viste a extrema esquerda a defender Israel? Eu nunca vi. (Só se fôr alguém em algum blog…)”

    – ahahahahahha “:O))))

    com quem é que pensas que tenho andado a gozar?
    looooooooooollll

    e no gozo por andarem a ser citados pelos Insurgentes que são do mais liberaloide e pró-americano e de direita cá do burgo

    eheheheheheh

    ou tu pensas que estes cruzados que citam os gays como grandes valores ocidentais e gostam tanto do “judeu do holocausto” são de Direita? odeiam a Direita. É mesmo a segunda fantasia, depois do fetiche judaico e gay e anti-igreja católica que possuem

    “:O))))

  4. Antónimo says:

    Bom, agora é que encerro mesmo: onde é que viste a extrema esquerda a defender Israel? Eu nunca vi. (Só se fôr alguém em algum blog…)

    (outro sorriso simpático)

  5. Antónimo says:

    “Já para não falar nas minorias e nos coitadinhos e na transformação da excessão em lei ou ditadura de minoria.”

    Então não rebati já os coitadinhos (as questões fracturantes encontras, iguaizinhas, com outra terminologia no PSD e no PS e não esgotam o pc. E também expliquei que o pc não está nas questões elas mesmas)? A excepção e a ditadura não achei necessário, mas cá vai: a excepção só o é numa visão imobilista do universo (é como o direito e o avesso) e a ditadura de (alguma) esquerda é a do proletariado, que é tudo menos minoritário.

    Bom, mas deixemo-nos de merdas: eu também é mais o proibido proibir e também estou com coisas para fazer.

    (Grande sorriso do mais simpático que há).

  6. zazie says:

    e é por isso que até se projectam tão bem no ideal israelita…

    né? a lei do mais forte, o poder do capital… a superioridade de QI e de “civilização”.

    Ainda que os nossos amigos sissy hawks de esquerda consigam o pleno e chegar ao mesmo à custa de outra ficção.

    Para eles o judeu é o coitadinho perseguido milenar, o desgraçado invejado e odiado por todo o mundo… a vítima dos preconceitos racistas e xenófobos… o mais civilizado invejado pelos bárbaros que ainda vivem nas homofobias e discriminações de género…

    estás a ver como as palavras servem para tudo e o seu contrário?

    ou como é que explicas esta súbita sintonia entre extrema-esquerda anti-amerciana e liberais?

  7. zazie says:

    ó caraças, e eu que tenho tretas para trabalhar…

    ai ai ai, mauvais, mauvais, mauvais.

    Bastava a da causa fracturante introduzida em programa partidário de esquerda para não teres refutado nada

    eheheh

    Já para não falar nas minorias e nos coitadinhos e na transformação da excessão em lei ou ditadura de minoria.

    Totalitarismos é verdade que os houve dos 2 lados. Mas também é verdade que quem não substituiu bandeira foi a esquerda. Essa é que ainda arrasta as causas perdidas nos pergaminhos, a utopia social e agora o politicamente correcto, já que de outra maneira, desde a queda do muro, não havia utopia para ninugém.

    A direita agpra deu para ser liberal e isso aí é outra história…

    não tem totalitarismo. é o polvo do poder do capital a ditar as regras… tudo o que for social esta´sujeito ao mercado
    e à lei do mais forte

    ehehe

  8. Antónimo says:

    Os comentários, pá: mudaste a ordem aos comentários. Eu respondi-te e a resposta aparece depois do mote. É esquisito.

  9. Antónimo says:

    Acabei agora de ler. E, lamento: percebi tudo, mas não concordei e rebati, ponto por ponto, aquilo que disseste. Lê lá melhor.

  10. zazie says:

    qual comentário?

    esta´aí. Disse-o eu.

    Também não sei o que é isso dos “desideolo… carago que nem consigo dizer essa cena.

    Os desgraçados sem ideologia, ou lá como llhes chamaste.

    E sim tenho ideia que o politicamente é o último reduto dos totalitarismos. Assim já dá para os 2 lados.

    Estás mais contente?

  11. Antónimo says:

    (Para onde foi o comentário que dizia que eu não tinha refutado a argumentação que justificava a pertença do politicamente correcto à esquerda? É pá… acho que já apanhei muito sol)

  12. zazie says:

    que sinaizinhos?

    ehhehe

    conta lá!

  13. zazie says:

    Antónimo. Leva lá a bandeira mas depois não te enganes e não votes no BE pensando que é um partido de direita

    “:O)))

    Já expliquei os motivos pelos quais a classifiquei nessa tradição. Não os refutaste. Se não queres refutar os argumentos conta-me lá de quem é a agenda politicamente correcta ou preferes que eu te vá buscar os programas partidários?

    Tu estás a alterar o sentido ao conceito. O conceito politicamente correcto baseia-se numa revisão de palavra. É uma questão de linguagem. È uma questão de saneamento de linguagens ou expressões ou histórias que atentem contra uma série de dogmas igualitários que se vieram a impor.

    Não se trata de prática. Nem sei o que é uma prática de esquerda politicamente incorrecta ou de direita politicamente incorrecta. Posso saber o que são desalinhados.
    Mas introduzir no programa eleitoral questões de consciência ou gosto só o fazem os partidos de esquerda.

    Até já lhes deram um nome- são as causas fracturantes.

    Não estou a inventar nada e parece-me que tu é que estás a andar à volta.

    Já expliquei onde se encontra o totalitarismo. Volta a ler com mais atenção que percebes.

    Em relação à marcha gay, gozo todos os anos com isso. Não foi particularmente este ano. Não faz sentido ter-se orgulho numa coisa acerca da qual se defende que é de ordem privada e nunca deve ser tomada como questão de exclusão pública em qualquer outro assunto.

    Se eu nem suporto ostentações sexuais hetero, muito menos caricaturas aparvalhadas deste género.

    Não conheço nenhum homossexual normal, com vida normal em que o que faz na cama passe a ser estendal público e que goste destas tretas.
    Nenhum. Ainda que admita que haja gente mais dada à brincadeira e ao exibicionismo e aproveite a ocasião para o engate.

    Mais nada. No caso da manif o único assunto que me indignou diz respeito ao que tu sabes e foi sistematizado numa série de pontos. Não vou voltar a ele. Podes estar certo.

    Não suporto a mania de se traduzir o “hate” do inglês por ódio e se aplique ódio a qualquer pessoa a quem desagrade muita coisa, incluindo a homossexualidade.

    A mim não me agrada. Ponto final. Não tenho de explicar e muito menos admito que me venham atirar à cara que tenho ódios à custa de uma reacção tão normal como a de muita gente em não gostar de gordos, ou feios, ou o diabo a 7.

    Do mesmo modo incomodam-me todas as gaiteirices. Nunca fez o meu género aquela da gaja provocadora a oferecer ao maralhal as mamas em decotes bacocos ou outras cenas do género e a contar em público as performences na cama.

    É isto. Chega?

    Já que à questão política nem chegaste e nem percebeste o que é um totalitarismo de lavagem de linguagem. Pensei que Orwell bastasse…

    De qualquer maneira perdes tempo comigo se queres traçar assim a régua e esquadro o que é mito de direita e mito de esquerda. E misturar questões religiosas como a caridade com questões de minorias que fazem parte de programas partidários.

    Eu não sei se sou de esquerda ou de direita nem me esforço por ser qualquer merda dessas. Numas coisas constato que na prática estou à esquerda da esquerda, noutras à direita da direita mas não tenho cartilha. Não faço os testes nem sigo gurus.

    Agora que sei que o ideal de Maio de 68- É proibido proibir, nada tem a ver com este totalitarismo inquisitorial das homo fobias, das transfobias, das metro fobias de toda essa treta que qualquer dia nem palavras chegam para tanto grupelho… isso sei.
    Sou pelo é proibido proibir. Deve ser das poucas coisas que guardo desse tempo e disso não abro mão. Sempre detestei seguir a corrente. Além do mais o lado apaneleirado que é bem capaz de me irritar nem se passa lá na privacidade (ou no que devia ser privacidade deles) mas na mioleira- O que nunca aguentei foram chickens, mariquinhas pés de salsa. Pulinhos de avestruzes mentais, tricas de donas de casa com barbas, novelas cor-de-rosa a servirem de mainstream para catalogar tudo.

    -também não percebeste o que é a ditadura das minorias e o mundo-às-avessas que a legitima, nem a tradição jacobina que impõe mudanças por lei ou alternância partidária sem ter em conta os costumes dos povos.

    Ainda assim, mesmo nesse folclore acho que já estou como o dizia no outro dia o Fernando Venâncio a propósito dos holandeses

    – por mim, que marchem que casem, que fodam, que adoptem criancinhas, desde que me deixem ser conservadora como eu gosto.
    Mas não me venham para cá chatear a cornadura com inquirições e policiamentos que levam uma corrida de 3 em pipa

  14. Antónimo says:

    Não os refutei? Refutei e foi ponto por ponto. Essa agora…

    Bandeira não quero nenhuma. E no BE só voto em último caso… (tipo para chatear o PS)

    (Também me estou a rir, mas não gosto daqueles sinaizinhos ortográficos… mas estou a dizer isto com um sorriso muito simpático).

  15. Antónimo says:

    Repito: o “politicamente correcto” nada tem a ver com esquerda. E reforço: faz até parte, com muita frequência, das “boas maneiras” da direita (não vamos estar agora a zangar-nos, somos todos amigos). Mas: há a esquerda politicamente correcta e a direita politicamente incorrecta. Utopias totalitárias também não me parecem exclusivas da, nem especialmente liagadas à, esquerda. E sinto-me obrigado a dizer que há esquerda, e até muito radical, nos EUA.

    A marcha gay ninguém a tornou obrigatória: nem eu, nem os promotores (que não conheço…), nem os que lá foram (onde não me conto). Já na altura não percebi onde é que estava o totalitarismo.

    “Que os chauvinistas o fizessem, sempre foi hábito”: é o que eu ando a dizer há algum tempo. De acordo, incluindo a conclusão (“Agora que estas fracturas venham de quem defende o direito à diferença é que é a grande anormalidade”). Mas prefiro os que defendem o direito à diferença: alguns são hipócritas. O vício não é da ideia, mas dos utentes dela.

    Tenho a certeza de que o desideologizado politicamente correcto é o fascismo deste século. Os totalitarismos foram mortos pelo capitalismo tardio.

    As nossas Paula Bobone são… a Paula Bobone (que não é do BE).

    O mito do coitadinho é de direita: é a caridadezinha.

    O mundo ao contrário é profundamente de direita: um mundo de esquerda não tem direito nem avesso. Direito e avesso são categorias imóveis, essenciais: é o Ancien Régime.

    Para se pereceber o politicamente correcto tem de se perceber o seu vazio ideológico.

    Concordo com a novela das guerras. Mas: o Iraque pareceu-me chocante, porém não tão chocante como isto, tão despropositado, tão “engenheirado”, tão hipócrita. O Iraque era uma ditadura, tinha uma velha oposição dos EUA, uma forte oposição interna… O Líbano moldou-se de acordo com os preceitos ocidentais, reconstrui-se, libertara-se, recentemente, de servidões regionais perigosas, começava a atrair investimento estrangeiro… e mesmo assim, toma lá míssil. O Iraque, do ponto de vista dos amigos dos EUA, estava a pedi-las. O Líbano estava a pedir que o deixassem em paz.

  16. zazie says:

    Se queres um exemplo de “união de contrários” lê aquela nojeira de crónica da histérica da Helena de Matos.

    Bem espremida, a ideia que lá está e que estes sissy hawks apadrinham é apenas esta- o factor relatório minoritário – a importância de antecipação por uma guerra preventiva.

    Nada de muito original, convenhamos. Os motivos até são os mesmos- a Civilização Ocidental contra a barbárie. E na volta também é por bem. É para defender os pobres de uns bárbaros que andam a ser engrominados por outros bárbaros sem se darem conta…

  17. zazie says:

    Quanto ao resto também estamos a deixar coisas bem mais graves que já duram há muito como a do Iraque.

    Também há um factor novela e novidade de novela nisto tudo…

    Se continuar assim por muito mais tempo toda a gente esquece e fica à espera de nova “guerra” para se esmifrar a querer entender ou a tomar partido ou a condenar…

    bah.. 90% disto é espectáculo.

    Se queres saber, recuso-me a ver o noiticiário.

  18. zazie says:

    entertainer e outras gralhas

  19. zazie says:

    Pois, politicamente correcto não será de esquerda, foi criado na América. Mas é uma bandeira de esquerda. É a última utopia totalitária.

    Quando falo em politicamente correcto e causas politicamente correctas estou a atribuir-lhes o mesmo sentido de noções europeias de “civilidades” que se opuseram a “barbáries” e depois passaram a tornar-se conceitos de supremacias sobre os outros.

    Se ainda não percebeste, eu estou-me nas tintas para gays e coisas no género. Apenas considero que fazer disso a Grande Causa só pode ser produto de uma noção folclórica de “sociedade de barbies”. O Dragão tem um post excelente sobre o assunto que diz melhor do que eu tudo isto.

    Quando as sociedades trocam os valores que importam- os éticos, os da coragem pela passerelle é porque estão podres.

    Neste caso irrita-me ainda mais pois já há quem consiga traçar a tal linha divisória entre Nós e Eles à custa deste folclore.

    Que os chauvinistas o fizessem, sempre foi hábito- inventam-se supremacias e quem as não tem é de segunda. Agora que estas fracturas venham de quem defende o direito à diferença é que é a grande anormalidade.

    Se eu sou pela diferença não torno a marcha gay obrigatória. Ser pela diferença é permitir a diferença e modos diferentes de entender o mundo desde que não façam mal a ninguém à custa disso.

    O politicamente correcto dos nossos dias é uma lavagem ao cérebro e a mais rápida maneira de retirar qualquer noção ética da cabeça das pessoas.

    Basta adoptarem (em palavras) uma série de macacada para se acharem legitimados em todos os seus comportamentos. Pior ainda- é o Admirável Mundo Novo por que agora acham que se tem o direito- por supremacia de moda- a impor essa regra a todo o planeta. É uma moda inquisitorial. Mais do que defender quem seria perseguido, persegue quem não adere.

    Se fiz aqueles 2 posts com base no Norbert Elias era para falar precisamente disso. Primeiro vêm os “manuais de etiqueta- as Paulas Bobonne da altura (as nossas são as do BE) depois exportam-se guerras preventivas e democracias para as impor a quem as não tem e por isso é de segunda.

    Não penso que o politicamente correcto seja inofensivo.
    É uma ditadura. Tudo começa pelo verbo. Se conseguires mudar o léxico das pessoas tens gente acéfala a gritar palavras de ordem a perseguir ou a diabolizar o próximo à custa disso. Lembro-me sempre do “fassista” do 25 de Abril. Serviu para tudo. Não é só o Admirável Mundo Novo é também a ditadura da linguagem orwelliana

    É natural que seja de esquerda pois baseia-se no mito do coitadinho. O gay é um coitadinho ainda que depois lhe juntem o orgulho gay que não é de coitadinhos.

    As paridades e as quotas e as fobias são à custa de “coitadinhos” ainda que quem leve a parte de leão e os subsídios e os tachos sejam esses “coitadinhos”.

    São questões de esquerda pois baseiam-se numa tradição de esquerda- o mundo-às-avessas. A negação da importância da estabilidade ou dos costumes a favor da mudança brusca, revolucionária e jacobina imposta pela lei.

    São de esquerda por que alimentam partidos que à custa disso mais não querem que partilhar o mesmo bolo do poder.

    São de esquerda por que as fazem durar e só se lembram delas quando precisam de votos de esquerda para a alternância que lhes dê o tacho.

    E nunca mais acabava se continuasse por aqui.

    Agora que ataque muito mais gente para além dos agrupamentos politico-ideológicos é mais que óbvio- pois se faz parte da doutrina oficial do ensino totalitário de Estado…

    da pedagogia única que também temos…
    Até parece que já passa na novela e se tornou enterteiner em concursos para “educar” o povo e habituar todos à uniformidade do mundo barbie.

  20. antónimo says:

    Gosto tão pouco do politicamente correcto como tu. Mas não acho que o politicamente correcto seja uma coisa de esquerda (também não o disseste exactamente, eu sei, mas não estou a falar contra ti), pelo contrário, acho que esquerda e direita são politicamente incorrectas (há no politicamente correcto um vício maior que é a preguiça mental que favorece os consensos). Também não acho que as ideias sejam “politicamente correctas” em si, acho que “politicamente correctas” são as atitudes: ou seja, não vou contra ideias por elas serem bem vistas no politicamente correcto. As ideias podem ser defensáveis (paradas gay, num país hipócrita como este parecem-me de grande utilidade, para além de serem grandes festarolas), o enquadramento (a preguiça mental e o gosto pela uniformidade) é que não é.

    A defesa da destruição do Líbano (de Beirute, da paz, das famílias, da esperança…) faz-se à esquerda e à direita. Em termos partidários, no entanto, os partidos à esquerda do PS têm uma tradição de condenação das políticas de Israel muito mais constante e coerente.

    E o que é grave é o que se passa no terreno: agora estamos a tirar as nossas coisinhas, nós os civilizados, e a deixar que “eles” resolvam as coisas. O que quer dizer: estamos a deixar israel aniquilar o Líbano como muito bem quiser (humanitariamente, porém: eles avisam antecipadamente que o Dilúvio vai cair sobre o inimigo e o inimigo, se for justo, pode apanhar a barca, ou pode fugir de Sodoma), sem testemunhas ou embaraços diplomáticos. Nós tiramos as coisinhas e viramos as costas e resmungamos umas coisas teóricas. Nunca tinha testemunhado nada tão obvia e mediaticamente sórdido.

  21. zazie says:

    Pois são Antónimo! E são de esquerda. Por que motivo pensas que até ando a chateá-los um tanto demais?
    (e faltam uns que entretanto se retiraram…)

    Por que foram esses que fizeram chantagem emocional com a treta das velinhas. E ers por bem, aparentemente era apenas contra a xenofobia… pois.

    Mas eu sempre estranhei que seja possível encontrarem-se emoções requentadas à custa de um passado que nem se conhece. A menos que seja contra coisas que bem odeiam ainda hoje- contra o cristianismo, contra tudo o que não seja a palhaçada do politicamente correcto obrigatório.

  22. Antónimo says:

    É verdade… o choradinho por causa do pogrom medieval lisboeta (logo a do pogrom era um programa!)…

    De certeza, que são os mesmos das velinhas que agora andam a pesar as vantagens para a civilização dos ataques ao “Hezbolah”. O que é engraçado é que os ataques são ao Hezbolah, mas Beirute é que está destruída…

    É sempre assim: os das velinhas de ontem são os das fogueiras de hoje. Cuidado com os altruístas: é que eles têm uma ideia muito específica sobre o outro, onde o outro não tem direito a opinião – é como o escuteiro que leva a velhinha para o outro lado da estrada, mas ela não queria atravessar…

  23. zazie says:

    “sissy hawks”

    Ahahahah tu és tão engraçado e lembras-te de cada uma.

    Pois são e o que está a ser curioso nestes apoios (ou nestes sissy hawks ehehehe) é que não existe divisão esquerda/direita- lá arranjaram pontos de encontro à custa dos novos mitos e santinhos da “supremacia ocidental” da moda…

    Uma boa merda, que eu sempre achei que isto havia de acontecer. Com tanta lavagem ao cérebro convenceram-se que quem não tem parada gay não tem direito a mais nada

    Sempre que me lembro do choradinho, das comoções humanistas ainda há uns tempos atrás por causa do “massacre” cristão medieval… e bem que fui insultada.
    Pois, agora dizem que tenho reflexos pavlovianos só por que mandei uns fwds de uns libaneses a pedirem ajuda…

    Estás a ver- é sempre mais fácil sermos humanos com mortos de há séculos atrás que olharmos para a realidade presente.

  24. MP-S says:

    Tens razao, Zazie, aquilo e’ a Lei. Eu esqueco-me sempre, tenho dificuldade (psicologica, falta de imaginacao, ou falta de treino?!?) em ter isso presente.

    Dizes outras coisas interessantes: dicotomia entre pobres e ricos, nem mais!, os gajos chamam-nos “pombinhas” por nos insurgirmos contra a punicao colectiva do Libano mas, na verdade, sao eles que teem medo de se aproximar dos andrajosos e de sentir-lhes o odor. Ha’ um bom nome para os gajos: sao os “sissy hawks”. :O)

  25. Antónimo says:

    Pois. Parece que a tradição apocalíptica remonta ao judaísmo… Wishful thinking, neste caso: rebenta a dádiva de De-s, o inominável, mais vale que rebente tudo…

  26. zazie says:

    “We have the capability to take the world down with us. And I can assure you that that will happen, before Israel goes under.”

    São eles que dizem, eu não inventei nada. Aqui: http://www.de.indymedia.org/2003/01/39170.shtml
    transcrito pelo Dragão

  27. Antónimo says:

    Desta vez estou de acordo com tudo, assim a nível macroscópico, pelo menos.

    Excluo o “BOOOOUUMMM”: é o único horizonte teórico aceitável, do meu ponto de vista (claro que teria de deixar de ser “Israel”, de conotações teocráticas e rácicas demasiadamente marcadas). É um horizonte, mas não é uma república platónica.

    Quanto ao resto: pois também acho.

  28. zazie says:

    Foi mais que um aproveitamento, MP_S, tu ainda tens a ideia do judeu igual a um ocidental qualquer e esqueces-te que Israel foi fundada como um Estado teocrático. Aquilo foi tido por sua terra pelo facto de ser a terra de David e os livros sagrados esmpre terem dito que deviam de ser de lá expulsos os intrusos.
    Não é um problema de oportunismo de deitar a mão apenas por alguns, é lei.

  29. zazie says:

    1- “A questão do “território” só pode ser desfavorável a Israel: a verdade é que ele, pura e simplesmente, não existia. E mesmo essa história de uma nação sem território tem muito que se lhe diga…”

    Sobre isso tudo o Rui Semblano da Sombra escreveu uns bons posts. Vale a pena ir lá.
    O que a ONU fez todos sabemos que foi mal feito. Produto de complexos do Holocausto e interesses vários desse prolongamento por aquelas bandas.

    2-“Também não concordo nada com essa história de que os islâmicos não mudaram: mudaram muito e os países islâmicos eram um terceiro mundo muito ocidentalizado, despertando até utopias ocidentais.”

    Não era acerca dessa mudança que eu falava. É claro que há uma série de países de gente com religião muçulmana com formas de vida totalmente diferente, Referia-me exclusivamente aos ditames religiosas. A religião judaica não mudou absolutamente nada. O Islão também não, se compararmos ambos com o Cristianismo.
    Quanto à diferença entre eles ainda aflorei a questão lá pelo Mar Salgado ou Natureza mas estas coisas são muito perigosas, mesmo no mundo virtual. Não tenhas dúvidas que já estou no índex dos anti-semitas. O que eu penso é que na tradição muçulmana existem características hedonistas- luxo- prazer, partilha desse luxo, assim como o princípio inquebrável de hospedagem. Um convidado é um convidado, desde que não se menta na religião e leis é bem tratado. Bem recebido. Muitíssimo. Os judeus são fechados- não recebem nem partilham- aferrolham. Sempre aferrolharam, não têm qualquer tradição de receber bem os de fora. Não têm sequer a noção de proselitismo, como tem o Cristianismo- eles não convertem ninguém nem querem que ninguém seja judeu a não ser por casamento e mesmo assim só de segunda e abdicando de tudo mais. Os judeus são puristas eugenistas. Essa é uma verdade e não há meio de tornear essa verdade. Ninguém é judeu por querer. Os pergaminhos têm de ser avaliados pelos rabinos e a segregação está sempre mais presente que a noção de receber o estranho. Não me admirava nada que este aspecto também fosse responsável pela forma como nunca existiu nenhum povo (isto de há milénios a esta parte) que não tenha tido problemas e má vizinhança com eles.

    3- A questão totalmente diferente que agora leva muita gente a traçar a dicotomia e colocar-se do lado deles é outra. O facto é que não há um judeu pobre. E os ricos não dão problemas sociais nem de marginalidade em parte nenhuma. Pelo contrário- muito muçulmano é miserável e vivem cá entre nós. São uma bomba relógio que temos por todo o lado. E com hábitos e rancores belicistas que não tem um judeu. Não há judeus a explodirem-se em locais públicos. Nem lá nem cá. Estão ocidentalizados e nunca foram propriamente mártires, ainda que tenham o muro das lamentações e a lamentação como ideologia. E é algures por aqui que a malta apocalíptica da cagunfa traça a tal linha divisória e diz que está do lado dos “valores ocidentais” . Ainda que esses valores ocidentais na prática do olho por olho de Israel sejam a mesma barbárie que todos reconhecemos eheheheh

    4- Quanto à ideia de “limpar” aquilo do “etnicismo” e fazer apenas uma república de cidadãos platónica deves estar a brincar. No dia dia seguinte ouvias um BOOOOUUMMM que havia ir de Estocolmo a Beirute e de NY a Pequim
    “:O)))

  30. Antónimo says:

    A questão do “território” só pode ser desfavorável a Israel: a verdade é que ele, pura e simplesmente, não existia. E mesmo essa história de uma nação sem território tem muito que se lhe diga… Bom, mas território não havia antes de 14 de Maio de 1948. É engraçado como até na Torah a terra prometida a Abraão já era habitada. Ou seja, até no plano mítico o judaísmo tem um mal estar em relação à “naturalidade” da “herança” daquele território.

    A ONU, inicialmente, não reconheceu, exactamente, Israel: a ONU dividiu a Palestina em dois estados – e só Israel se constituiu. Está claro. Voltemos ao exemplo dos hippies alemães descendentes dos godos que tomam para si Trás-os-Montes: queria ver o que diriam aqueles homens camilianos, de bigode revirado, lá para cima do Marão – não havia de ser “façam favor, fiquem lá com isto, já que vossas senhorias já tinham comprado aqui umas quintinhas”… A ONU fez dois e aconteceu só um: é como um pai que divide os doces pelos filhos e só um é que fica com todos – volta atrás e repensa a solução. Ou seja: essa treta do “reconhecimento” pela ONU também tem muito que se lhe diga e, hoje, é um reconhecimento de facto e de cumplicidades estratégicas.

    Também não concordo nada com essa história de que os islâmicos não mudaram: mudaram muito e os países islâmicos eram um terceiro mundo muito ocidentalizado, despertando até utopias ocidentais. Na Argélia basearam-se os nossos homens do reviralho, o Egipto fez frente ao Reino Unido, com sucesso, e Beirute era o Paris do oriente. Foi, precisamente, a questão isrealita que os afastou desse caminho e os atirou para o fanatismo religioso, quando o Islão começava a aprender a limitar o território do religioso (que nas religiões semitas mais se mistura com a lei e a economia). Os islâmicos mudaram: primeiro em direcção ao ocidente e, depois, para o mais longe possível dele.

    Não defendo a expulsão de judeus da Palestina, defendo, pelo contrário, uma situação finalmente não racista: a desvinculação daquele território ao povo escolhido, que lá deixa viver, como hóspedes, os gentios. Uma Palestina que não pertença, por direito, a ninguém – a não ser aos seus cidadãos.

  31. MP-S says:

    “Não penso que seja pelo facto de haver sempre “filhos da mãe a aproveitarem-se” que os judeus “comeram” território aos vizinhos.”

    Estou de acordo contigo. Aquilo e’ intemporal de parte a parte. Essas dos “filhos da mae” era um aparte porque me lembrei de ter argumentado a alguem que embora inicialmente Israel fosse ilegitimo (nos anos 40), tinha ganho o direito a existir pelas pessoas todas que la’ nasceram entretanto (nao interessa agora se isto e’ totalmente correcto ou nao). Responderam-me logo que isso era o que fazaim os gajos dos “settlements”: abancavam e diziam que tinham ganho o direito de la’ estar. Eu apenas queria dizer que, mesmo assim, o argumento original nao perde o merito. E ha’ sempre uns espertinhos que se aproveitam de qq. solucao. E’ inevitavel. So’ isso.

  32. zazie says:

    Bom, na tua comparação com a Irlanda também não negas “o território” e foi mais acerca disso que este debate avançou, quando a maloud perguntou o motivo por não lhes terem dado um pedaço de terra na Alemanha.

    É claro que nunca se tratou de lhes “arranjar um cantinho”. Foi apenas o “voltar a casa depois do Êxodo milenar. Nunca deixou de ser esse o local. O que estás a dizer é que foi mal feito. Devia ter sido, tipo, um homem um voto e agora, quando se fala em paz pensa-se nisso, nessa demarcação de terrenos com legitimidade para o Estado da Palestina.

    Em termos diplomáticos penso o mesmo. O esforço só pode ser esse. Não se pode agora retirar o que foi legitimado pela ONU. E eu penso que são legítimos os dois Estados. Agora que a idiossincrasia dos que se opõe seja tão simples como a Inglesa versus Irlanda, nem pensar. Não penso que nem uns nem outros deixarão de desejar exterminar-se mutuamente. Sou pessimista. E esse pessimismo tem o tal excesso de História de que falei noutros lados.

    Quando um ódio se entranha na própria noção de identidade de um colectivo não se apaga em séculos e muito menos em décadas. Não é um ódio apenas pragmático de parte a parte. Tem a tal dimensão espiritual de “verdade” ou “destino” para todos eles e essas coisas só costumam mudar quando as espiritualidades religiosas abrandam.

    Ao contrário do Cristianismo, que praticamente se dissolveu numa prática meramente social, nem judeus nem islâmicos demonstraram evolução histórica nas suas crenças.
    Dizer-se que só não mudaram os islâmicos é mentira, ainda que aparentemente nos judeus seja menos visível dado o factor de ocidentalização.
    Têm o tal destino de mártir a acrescentar aos outros e o exemplo próximo do Holocausto a dar ainda maior alento a toda aquela ideologia. Para não falar do poderio militar, é claro. Se alguém naquela zona vai alguma vez levar a melhor são eles.
    São tão loucos quanto os outros e têm mais força. O que ficará depois é outra história…

  33. Antónimo says:

    Os “ses” são como as repetições: os historiadores parece que não gostam deles. Parece que não se historiografa nem com um nem com o outro.

    Mas o meu “se” não era desses: era a demonstração da negação por princípio do estado de Israel. Demonstração em dimensão pragmática (a factura).

    Que já tudo aconteceu há muito tempo: também na Irlanda e ainda não acabou. Também tinha acontecido havia muito tempo nas repúblicas bálticas e já acabou: e acabou com a independência recuperada. Não me venham dizer que os casos são diferentes: pois são, como todos os casos são, mas em relação à duração do fenómeno o que é relevante não é, ou seja, em todos passou muito tempo.

    E há outra coisa que me chateia: é o branqueamento (apanhei essa aqui… e não me larga) pelo tempo. E é giro ver sionistas a branquearem Israel pelo tempo e a sairem a bater a porta quando se lhes sugere que os campos holocáusticos já aconteceram há mais tempo. Devemos, então, branqueá-los? Lá está: a incoerência chateia-me. Se defenderem Israel e lamentarem a perda de África pelo homem branco civilizador, então não concordo mas compreendo. De outra maneira não vou lá.

  34. zazie says:

    Já agora uma pequena discordância:

    Não penso que seja pelo facto de haver sempre “filhos da mãe a aproveitarem-se” que os judeus “comeram” território aos vizinhos. Como não penso que os vizinhos os não queiram lá apenas pelo facto de ter havido uns meros oportunismos que lhes comeram território. Aquilo é idiossincrático de parte a parte. Ambos se odeiam. Há milénios que a história aconteceu. Agora repete-se.

    Não entender isto é deixar escapar a principal parte do problema.

    Disparate, disparate é dizer-se que o ódio é ao estilo de vida ocidental

    ahahahahahhaha

    esse nem é disparate, é anedota

  35. zazie says:

    Os “ses” não contam, neste caso por não se poder voltar atrás. Também se não fosse ali havia de ser onde eles escolhessem. Não foi palpite humano. Vem nos livros sagrados. Havia-os por lá e, ao que me lembro, ainda houve combates com o exército Inglês, não foi?

  36. MP-S says:

    “Porque é que a Alemanha não cedeu um pouco do seu território, para que o povo tivesse o seu país?”

    Fonix, nao deem ideias dessas!…. a Alemanha e’ um pais maravilhoso para viver, nao vamos estragar aquilo que foi (e e’) um sucesso do pos-guerra. mas: acho que foi um disparate criar o pais Israel naquela regiao, e foi ilegitimo impor isso ‘a forca aos que la’ estavam. Mas, claro esta’, passado este tempo todo os “ses” ja’ nao contam e existe muita gente que la’ nasceu, e “ganhou” o direito ao seu pais, e nao tem culpa desta trapalhada actual e das origens. E digo isto apesar de existirem muitos que usam esta ideia para tentar “comer” territorio aos palestinianos instalando-se la’ nos ditos “settlements” – ha’ sempre filhos da mae a tentar aproveitar-se das ideias e principios da justica para os torcer no seu interesse. Mas, uma vez mais, nao ha’ “ses”, temos de viver com os humanos como eles sao, nao como deveriam ser.

  37. zazie says:

    também não os puseram propriamente lá. Uns tantos é que começaram a instalar-se na Terra Prometida, depois da saída do colonialismo e depois a ONU reconheceu-os.
    Mas lá que é promessa divina não se tenha dúvidas. Vem nos textos. E é mais que óbvio que a dimensão dela também vem nos textos sagrados. Sendo que os outros pensam que não é nada assim e nos textos sagrados deles a coisa não vem escrita do mesmo modo.

    Por isso, quem somos nós para dizer onde é que eles todos deviam estar…

    Nem para dizer como se deviam comportar há quem tenha “tomates” quanto mais discutir normas divinas
    “:O.

  38. zazie says:

    Maloud, olhe que nunca li isso no Antigo Testamento… não foi a Alemanha que Jeová atribuiu ao povo eleito…

    Ainda por cima num local onde tanto judeu moderado e democrata se recusa a pôr os pés…

    eheheh

  39. maloud says:

    “Depois do Holocausto os motivos eram mais que muitos”.
    Porque é que a Alemanha não cedeu um pouco do seu território, para que o povo tivesse o seu país?

  40. zazie says:

    “idêntico” e outras gralhas

  41. zazie says:

    1- “Mas é por aí que se tem de ir: Israel não só não tem o direito a existir”

    Mas existe e não se volta atrás. O máximo que daí podes retirar está todo na tal ideologia religiosa de povo eleito.

    2- “novelo nem existiria se não tivesse sido encenada a superprodução “Israel”

    Não há História dos ses. Há do que é e existe. Depois do Holocausto os motivos eram mais que muitos. Não ponho em causa o direito de um povo a ter um País.

    3- Essa parte da cobardia encanita-me a sério. Sempre tive ideia que os fanáticos e os cobardes se juntam. Na prática o defeito é ideêntico- ambos desconhecem o controle e têm cabeças quentes.

    4- O ateísmo militante neste caso é bem mais explícito- quando falo em ateísmo militante estou precisamente a caracterizar aqueles ateus tão crentes e tão fanáticos que são capazes de apoiar todas as religiões que se opõe à Católica e Cristã. Tens exemplos desses a rodos e estes que referi (incluindo o CAA do Blasfémias) cabem lá dentro a 100%

    5- Mas não julgues que o politicamente correcto também não cria fanatismos… nem penses que aqueles exemplos da gayzada são inocentes. Olha que já há quem tenha sacralizado essa treta e a use como medica padrão para admitir uns povos e excluir outros…
    Em nome da tolerância e da compreensão do Outro, é claro. Isso nem se discute.

    (quanto à cobardia e ao histerismo, não fiz a guerra mas já vivi algumas situações que dão para conhecer cobardes). Aqueles que abrem o peito aos tiros e se oferecem por morrer por Israel só porque leram uns romances em que os judeus eram figuras catitas na Idade Média. Aposto que nem sabem o que é fazer frente a balas ou a armas apontadas ao corpo…

    Pois. São os “força que eu gemo”)

    “:O)))

  42. Antónimo says:

    Mas é por aí que se tem de ir: Israel não só não tem o direito a existir (olha uma comunidade de hippies alemães a ficar com metade de Trás-os-Montes por se acharem herdeiros dos visigodos…) como não é, de certeza, uma democracia (nas democracias são os tribunais a decidir as penas e não o exército – olha a polícia americana a abater um padrinho da máfia, por ter a inabalável persuasão da sua culpa…).

    O maior problema de política internacional é, hoje, o novelo de questões do médio oriente, com prolongamento nas acções terroristas: estou convencido de que o novelo nem existiria se não tivesse sido encenada a superprodução “Israel”, o épico mais caro de todos os tempos.

    De qualquer forma, é verdade: a incongruência também me chateia, mesmo quando não tem nada a ver comigo. E a cobardia também.

    Quanto ao resto, enquanto ateu militante que detesta a lei do mais forte e as superioridades rácicas, não me pronuncio (imagina se me pronunciasse…).

  43. zazie says:

    e atenção que estas reacções vêm de pacifistas…

    e de agnósticos ou ateus militantes que ainda hoje vivem a odiar as cruzadas… e que também detestam a lei do mais forte e as superioridades rácicas.

    imagina se o não fossem e se até gostasssem…

    E também são pela tolerância e gostam muito de entender o “Outro” apenas sob condição do Outro ser igual a eles, é claro.

  44. zazie says:

    Mas eu nem vou por aí. Até acho que Israel tem direito a existir e a defender-se. Agora o que me encanita é esta malta que até se atirou para o chão a pedir ajuda ao marocas à custa dos atentados, vir agora dizer que atacar um país e matar civis para amedrontar, em resposta a um rapto de 2 pessoas é uma acção justa e boa por que vem de uma democracia.

    Eu penso que os fanatismos e o convencimento que se está do lado certo sempre foram perigosos em todos os tempos.
    Mas pior do que isso é a cagunfa. O pânico da cagunfa . Inventam uma ficção catastrófica que parece que até já chega à casa deles e vá de empurrar os outros para os salvarem. É a “queda de Jerusalém que vêem no céu e os cega para não ver a agressão despropositada.
    É claro que quando há mesmo azar mais perto de casa lá voltam a rastejar no chão e a pedir de novo ajuda a quem trate de negociar com o que é apenas retaliação não negociável. Tal como esta que agora apoiam.

    Meu caro, eu de política posso não perceber a ponta de um corno. Agora o histerismo dos cobardes cheiro-o à distância.
    “;O))

  45. Antónimo says:

    Olha a Zazie! Boas!

    Isto não se diz a uma senhora, mas começo pela errata ao meu último comentário: “um baco rabo” é a versão anagramática e decepada de “um bocado rabo”.

    É verdade: andei a cantar o teu Marino Marini aí por uns sítios bacocos. Cha-cha-cha em Beirute é o que está a dar. E até reparei, agora mesmo, que já tinhas dito o mesmo que eu mais acima (a factura e isso). É que eu não tenho paciência de ler os comentários destes blogs bacocos e dou uma olhadela em diagonal aos saltinhos.

    Já pensaste, Zazie, que se não fosse uma distracção da comunidade internacional há 60 anos, o preço da gasolina era hoje muito mais baixo? Porque raio tenho eu de pagar os sonhos molhados dos povos escolhidos? É que nem fui eu que os escolhi…

  46. zazie says:

    a propósito- já reparei que andaste a cantar o Marino Marini por aí…

    ehehehehe

  47. Antónimo says:

    Errata ponho eu: onde se lê “o outro psicopata, lá do outro lado”, leia-se “o psicopata lá do outro lado” – que a Zazie tem mau feitio, mas psicopata é que ela não é.

    O “psicopata lá do outro lado” é, evidentemente, o autor do cocktail.

    “By macho” é que é um baco rabo. Será uma marca de jeans de estilista?

  48. zazie says:

    Antónimo,

    caso não tenhas percebido o post é meramente uma brincadeira em resposta ao outro linkado.O cocktail também não é da minha autoria
    O que eu penso está mais na segunda parte. E lá, em debate, assim como no Natureza do Mal.

    macho- paneleiragem ainda ficava mellhor.

  49. macho says:

    Deviam pôr uma errata.
    Onde se lê:
    “putedo e homossexuais”
    Leia-se:
    “putedo e paneleirada”

  50. Antónimo says:

    Musaranho: olha lá a medicação da Zazie! (Quando ela começa a confundir o Próximo Oriente com prostituição e compulsões sexuais, já sabes que a devia ter tomado há horas…). Sendo certo que o outro psicopata, lá do outro lado, também não ajudou…

    Se precisares de alguma coisa, é só dizeres.

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