Tudo o que é sólido dissolve-se no ar; tudo o que é bosta ocupa espaço cá em baixo
“De’il gie you colic, the wame o’ ye, fause thief daur ye say Mass in my lug?“
Confirmei recentemente a certeira análise do Max Weber ao associar o Protestantismo com o capitalismo do Norte da Europa.
Aquilo que ele não podia prever é que esse “cristoinismo” também se dissolveria em causas fracturantes, num camuflado ateísmo militante em que a meta é transformar templos em pubs e locais que ainda são de culto, em festivais de badalhoquice mais alargada.
Em Edimburgo, durante o mês de Agosto não se podia visitar um único templo que tenha sobrado como património e espaço religioso.
A maioria está transformada em sala de espectáculos e, quando não está, como é o caso da catedral de Saint Giles, mais valia que estivesse, já que aquela “música de órgão” em “estereofonia grunge” até deve ter feito desaparecer Cristo e a cruz, e algum crente mais incauto.
Interior de Saint-Columba-by-The-Castle em 1959
Ao tentar espreitar o que restaria do interior da igreja de Saint-Columba’s-by-the-Castle foi-me travada a entrada. Se quisesse, o mais que poderia fazer era comprar o bilhete para o espectáculo e aproveitar então a ocasião para ver um pouquinho.
É claro que nem perguntei que raio de espectáculo era, mas apenas lhes disse que o património não é propriedade de artistas ou pastores de vaudeville e que ia ver mesmo- “I’m gonna see that church, believe me”- foi suficiente para perceberem que comigo não valia a pena tentarem parvoeiras pois corriam o risco de um bárbara do Sul lhes estragar a brincadeira.
E vi e fotografei o nada reduzido a uma pia baptismal; a um meco sentado frente a um computador e uma cadeira em cima de mesa na capela-mor.
Depois repetiu-se o embargo em Greyfriars e aí, dei com um letreiro mais elucidativo cá fora, junto ao Bobby que há-de ter sabido preservar melhor as memórias humanas que estes curas de passerelle.
Ainda telefonei e mandei recado ao Reverendo de treta e pude agora confirmar online até onde vai esta cruzada de destruição do sagrado em nome do negócio que as causas de cu propiciam. Marx não teria feito melhor- o mundo-às-avessas do manifesto comunista não precisa agora de proletariado para o realizar- basta-lhe a burguesia aparvalhada e consumista.
Em Saint Columba, a memória do cristianizador da Escócia é agora recordada assim.
Anunciado no facebook
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Site de Saint Columba’s by the Castle alternativo
An Edinburgh congregation has “come out” in support of LGBTI inclusivity (ler comentário)
Fringe lobby LGBT mailas suas palhaçadas de vaudeville