Em resposta ao cbs quando depois de tecer palavras simpáticas a meu respeito, desabafou: “só não percebo como consegues gostar do VPV…”

Pois aí está uma pergunta que também nunca entendo a que se refere. Não creio que se reporte ao VPV historiador porque esse (peço desculpa pela generalização) ninguém lê.
Imagino que a coisa também não tenha a ver com ideologias, pelo que resta outro sentido qualquer que para mim se resume a uma simples fatalidade- gosto por ser portuguesa. Num país de lustrosos saltitantes, sempre prontos para os salamaleques ao Poder e por arrecadar à custa dele, quem é que não sente necessidade de um bom bobo-da-corte?

Aqui fica um exemplo do que tudo isso significa. O José sintetizou-o em poucas palavras: “Como de costume, VPV parte a loiça das redomas ministeriais e escaqueira estilos de pomposidade culturística”.

Quantos mais temos, capazes de rejeitar estes convites bacocos e partir a loiça com tanta graça?

ahahaha “tu que tens o mesmo feitio”

que coisa mais maluca. Eu bem digo que ninguém leva os comentadores ou a política a sério. Agora deu-lhe para comparar o feitio do Vasco com o meu sem conhecer nenhum dos 2 ahahahaha

Como se isso interessasse para alguma coisa.

O que importa é haver bobos da corte a mostrarem estas mazelas que já passámos uma tarde a rir à conta delas.

beijocas. Também vou ter de fazer noitada à custa disto mas foi muito agradável terem perdido tempo aqui no estaminé

Já viste se a sensaboria que era se o VPV tivesse ficado calado e não contasse esta palhaçada toda?

“:O)))

E agora é estar atento ao que a vai aceitar pela calada

ahahaha

Tenho que m’ir…
Vou ver o Dan Brown, esse outro iconoclasta,
este vende melhor que o VpV (mas não lhe chega aos calcanhares 🙂
até depois
bijokinhas

Zazzz
eu cheio de afazer (e tu também), mas tu puxas, tu puxas…
🙂

“Ele gosta de Portugal. E já o disse de forma lindísima.”
gostava de ver isso.

“um nome que ainda faz mais o meu gosto”
Não faço ideia; não deve ser o Sócrates :)))
o outro, o outro :)))
Mas gostava de saber.

Ó Zazzz
Separo muito bem o publico do privado;
por isso leio o tipo, mas não lhe aceito o azedume.
Até deve ser um gajo do caraças lá em casa (por acaso no restaurante não parece, não) mas a mim só me interessa o VpV público, o das gentes (sou grego nisto).

E tu k tens o mesmo feitio do homem, prezo-te muito, mas as nossas conversas são por aqui; se falasses assim num areópago (boa esta, não?:)público, se calhar também te condenava como ao VpV

Ciente, muito ciente, de ser manso e medíocre… mas é um direito que exijo aos outros; não quero ser herói.
Na vida pública tamos sempre a confundir atrevidos com heróis; só reconheço heróis lá mesmo nos limites, quando nos apertam os tomatinhos 🙂

Ó Antónimo, está a passar ao lado da ironia. O que ele diz é simples: não acredita no poder pedagógico do Estado. Nem defende que deve caber ao Estado a figura de Educador do Povo. Está farto de dizer isso. Se um povo é rico tem cultura, se é pobre não é com BBC de manhã à noite que vai passar a ter gosto por cultura.

Ele defende que o Estado não tem de intervir e por isso mesmo dá o exemplo do hipermercado. Se os livros estiverem sujeitos ao mercado ficam baratos e lê-se mais por comprar ni hiper que por ir para lá um senhor comissário dizer que é preciso que leiam o que eles entendem que o povo deve ler.

Que há de complicado nisto? E que tem isto a ver com ser contra a técnica. O uso de messenger nem sequer é uso da informação que a net pode facultar, é perda de tempo. E esse é o mundo em que vivemos contra o qual não há comissão nem a peso de ouro que consiga inverter o curso.

A menos que ainda se sonhe com o jacobinismo educativo. E aí creio que ele tem razão. Se há reduto de utopia rançosa totalitária está inteirinha em todos os governos e todos os minstérios desse departamento “cultural e educativo” que temos.

São eles que matam a possibilidade de outro tipo de ensino. Porque sujeitam tudo à bitola do programa e modelo único e asfixiam por concorrência qualquer modelo alternativo.
………….

MP-S:

bruxo

looooooooooolll

“:O))))

  • MP-S

“É capaz de ser coisa de projectar no seu oposto aquilo que sabe que lhe falta mas que gostava que não se perdesse nunca. Essa tal esperança e desejo de um Portugal melhor, essa tal crença numa actividade política em que o sentido nobre ainda fosse possível…”

Caramba, Zazie, estas inspirada!! Eu li essa cronica e era mesmo isso, e’ alias tambem aquilo que eu admiro no marocas. Foi com esse sentimento de esperanca, de nos levantar do chao, e de orgulho em nos proprios que nos fez entrar na CEE; e so’ mesmo esse espirito nobre, um pouco ingenuo mas pragmatico, e tambem generoso, estendido tambem ao resto para alem da politica, nos poderia “resgatar” a este raio de psicodrama melancolico, maniaco-depressivo que parece se apoderou da malta. O Soares tem defeitos, mas andar a carpir ou a debitar as cassetes que se compram a dez tostoes nas americas, nas francas, ou noutro sitio qualquer, foi coisa que nunca se lhe ouviu.

PS: melhor que o VPV, so’ mesmo o Dragao, nao e’? :O))

  • Antónimo

Uma vez que não se mostram sensíveis ao apocalipse canhestro de quem gostaria de ser morgado no século XIX (apesar do blog que finou, apesar de no Messenger também se ler e escrever, apesar das escritas e das línguas mudarem, apesar dos apesares…), ilustro a maneira como a lógica, essa coisa resistente ao sebo (esse sabonete, limitado é verdade, da inteligência – quando a há), é inútil no discurso do género “o sentido sou eu” do tal (v)asco:

“Claro que se o Estado proibisse a televisão e o uso do computador (do “Messenger”) e do telemóvel, as criancinhas leriam ou pelo menos, leriam mais”

de onde segue (afinal):

“Nunca se leu tanto em Portugal. Dan Brown, por exemplo, vendeu 470 000 exemplares, Miguel Sousa Tavares, 240 000, Margarida Rebelo Pinto vende entre 100 e 150 000 e Saramago, mesmo hoje, lá se consegue aguentar. O Estado não gosta da escolha? Uma pena, mas não cabe ao Estado orientar o gosto do bom povo.”

Pois, mas deveria o Estado (?) proibir a TV, o tm e o computador. (Isso já não era “estalinista”). Pois: ora se não lê, ou lê pouco, e são necessárias proibições (que o Estado não tem coragem de fazer), ora nunca se leu tanto (e, então, para quê proibir as criancinhas: só se fôr para as chatear, a elas que não têm de se chatear, já que não lêem o (v)asco – o que de facto, é injusto). O (v)asco não gosta de tecnologia? Uma pena, mas não cabe ao (v)asco orientar as criancinhas.

Falha-me o humor desta conversa – pelo menos o voluntário. Que rir, lá isso faz-me rir.

Cbs,

Vamos lá a ver se nos entendemos. Eu expliquei os motivos que me agradam no VPV e acentuei que dizem respeito ao modo como diagnostica os males da nação e à forma livre e iconoclasta como lida com o Poder.

Tu colocas na balança os palhacinhos dos cronistas cá da praça com as suas tricas e ignorâncias e mais demagogias a jorro e colocas o VPV e só me dizes que te incomoda a agressividade dele se gostares que te comam as papas na cabeça. Porque não podemos falar do VPV retirando de cena tudo o resto. O que disseste mais acima até faz sentido. Caímos nos extremos porque isto é assim.

Não estou a falar de portugueses em geral que considere notáveis. Para isso ia para os verdadeiros cientistas que são anónimos e fazem trabalho pelo saber que é legado para a humanidade.
Referi-me apenas ao gosto de bobo da corte. Acho que isso basta.

E não quero misturar coisas de estilos fora das relações de poder. Se fosse por aí até te atirava já com um nome que ainda faz mais o meu gosto. Até te vais rir, porque neste caso nem é conhecido. É pensamento, é iconoclastia, escrita magnífica; partir a loiça e ironia rodos.

Adivinha quem?
Ahahahaha

Quanto a idolatrar está fora de questão. Não idolatro ninguém. No caso do VPV não deves ter lido as críticas e perguntas que lhe coloquei para dizeres isso.
Até é um bocado idiota dizer-se que quem gosta de iconoclastias rende culto ao que quer que seja. Os que rendem culto detestam iconoclastias!

E depois essa de dizer que quem tem mau feitio e diz mal de tudo ou é azedo faz a cabeça das pessoas é cá uma coisa…

Só faz a cabeça das pessoas quem vende banha da cobra. E para vender não se pode ter maus fígados.

Se ele incomoda? sei lá. A mim não me incomoda nada porque não me agride. Queres um exemplo de um idiota que me incomoda porque esse sim, só sabe escrever para insultar o público? o palerma do Coutinho. Esse é que dá vontade de mandar umas lambadas “:O))

Além do mais tu não entendes o VPV. Ele não detesta Portugal. Ele gosta de Portugal. E já o disse de forma lindísima. Lembro-me de uma vez em que referiu um exemplo de boa fé tuga que até nos faz ter vergonha da má-fé com que nos tratamos.
Se ele não gostasse e não apoiava o Soares.

Tu é que nunca percebeste esta história do gosto dele por Soares. É capaz de ser coisa de projectar no seu oposto aquilo que sabe que lhe falta mas que gostava que não se perdesse nunca. Essa tal esperança e desejo de um Portugal melhor, essa tal crença numa actividade política em que o sentido nobre ainda fosse possível…

Zaz
falas em tal vertigem, que não sei porque te admiras de me pores tonto 🙂

Olha, eu compreendo que aprecies o iconoclasta que há no homem; também é assim.

Mas, enquanto que num belogue, ou no café acho aceitável, como “opinion maker” (é assim, não é?) ele tem outra responsabilidade: ele influencia o pagode.
E influencia porque é credível, porque vem armado do “saber” (que reconheço, mas isso obriga-o a medir o que diz).

E como eu (diferentemente dele…e de ti?) não vejo tudo turvo, nem bandidos em todo o lado, não lhe reconheço estatuto para me agredir todos os fins de semana, ou aos meus “irmãos” conterrâneos (ministros inclusos).
Só isto.

P.S.: havia um que escrevia na parte de trás do DN antes dele; chamava-se Victor Cunha Rego e era um homem livre, sem necessitar de reduzir a pó o mundo à volta.

P.S.2: Zazie, e tu não estás a idolatrar o iconoclasta? eheheh…

bijokinhas “:0)

Concedo que ele pode recusar essas coisas porque não precisa disso para nada e que é por não estar preocupado com a subsistência que pode recusar e ainda fazer boa figura.
Claro que o homem é inteligente e faz prova disso, mas se calhar há outros que não precisam e não o alardeiam. Mas por outro lado o alardear pode servir para envergonhar quem tal coisa pensou (duvido que tenham ficado envergonhados, agora têm de ir pedir a outro e isso dá trabalho).
Em relação ao trabalho destas comissões e coisas que o valham, profissionalmente já pertenci a comissões (sem subsídios) para as quais fui designado no emprego pelas minhas chefias. Eram comissões semi-técnicas, e produziamos documentação que aparentemente só tinha como objectivo ser apresentada numa reúnião anual do organismo promotor e ser arquivada para todo o sempre e permitir pagar a algumas pessoas para “coordenar” (estar lá sentadas a presidir) as reúniões.
Quando pude pedi para ser substituido porque era uma perda de tempo e só servia mesmo para “dizer que se faziam coisas”.
A minha embirração não é tão lógica como as dos outros, é um caso de “más vibrações” pronto.

mas uma nota:

o cbs disse por aí uma grande verdade: “é facílimo neste cu de judas ser-se arrasador, tanto como salamaleques”.

Pois é. Por isso é que eu também disse que gosto por destino de ser portuguesa.

É precisamente esse o nosso drama. Nunca temos direito a meio termo porque isto é assim, uma coisa com uma história que se perdeu noutros tempos.

Creio que quanto a isso o diagnóstico dele nem é novo. Bastava ler o Eça ou o Pessoa

e a função do VPV é literária. É a função do bobo da corte que deita abaixo literariamente os vícios de um país.

Sempre existiram estas figuras e a elas não se lhes pode pedir que se tornem salvadores. Nem na literatura quanto mais no governo que nem é da sua conta.

Vocês é que tendem a colocá-lo no lugar do político. Se calhar pelo mesmo erro de casting. Os nossos políticos é que são sempre mais “literatura” que outra coisa.

Áo invés deste bobo estamos atolados de “anjinhos experts” salvadores da Pátria que vão a todas.

é mentira? Tirando o VPV digam-me lá um nome de um bom crítico que tenhamos. E livre. principalmente isso- que seja homem livre.

Ainda estou à espera.

Mas o que é há de estúpido nisso?

Então não é assim por todo o lado? Não é por esses motivos que a leitura passou para terceiro ou 4º plano? Até nós aqui com estas tretas da blogosfera perdemos tempo que poderia ser empregue em mais leitura, quanto mais os putos que ainda se estão a formar…

Que raio poderia fazer um governo para incentivar os miúdos a terem gosto por ler? Porque a questão colocada foi esta. Não foi na prática oferecer livros a quem tivesse melhores notas ou cenas no género. Foi incentivar a gostar. Paleio xuxialista mais que gasto.

Há algum país praticamente na miséria que se lembrasse de ainda ir gastar dinheiro com burocratas para “encontrarem medidas que levem as crianças a gostar de ler”?

Isto não é anormal?

E duas ministras mais um ministro lembrarem-se do VPV para liderar o projecto é o quê?

Ehehehe é de chorar a rir! É tiro-no-pé. Nem uma criança tinha uma ideia mais macaca e disparatada

“:O))))

pois não, o problema não é só temperamento. Também é sentido de humor que o senhor VPV tem às carradas

  • Antónimo

Para avaliar a qualidade intelectual do personagem, leia-se esta pérola apocalíptica:

“Claro que se o Estado proibisse a televisão e o uso do computador (do “Messenger”) e do telemóvel, as criancinhas leriam ou pelo menos, leriam mais” (pilhado da citação da tal carta aberta, no blog do queijo limiano).

A conclusão é só uma e retiro-a, também do (v)asco (a fonte é a mesma): “a extraordinária estupidez disto não merece comentário”.
O problema não é só de temperamento.

à revelia e outros erros e agora me vou

já respondi, cbs,

ele não recusou pela calada como outros aceitam da mesma forma porque se ha´coisa que ele está farto de fazer é recusar merdas destas. Aqui ha´tempos até foi ao tal forum por um Portugal novo ou coisa no género só para cascar. E chegou ao palco e perguntou se por acaso o homem novo cavaquista estava na plateia…

Que é que estes idiotas da “educação” estavam à espera?

Poder gostava eu de o ter para fazer o mesmo!

Então vai-se fomentar o gosto pela leitura com mais umas comissões de cúpula à URSS estalinista para mudar o pensamento dos jovens?

mas esta gente é parola ou faz-se? e mais uns milhões para uma fantochada destas? e o VPV a meter ao bolso como consultor literário da Nação…

Palavra de honra que vocês ou não têm olhinhos na cara ou são tontos.

isto era para acontecer! isso é que importa. E ele vai e parte a loiça e conta no jornal.

Isto são os programas de quem nos desgoverna. O VPV não faz parte do poder. Não tem as responsabilidades dele. Não é a ele que se deve cobrar culpas ou pedir “medidas”.
È aos toinos que até lhe pagavam para nos atirar areia para os olhos.

E ainda se admiram por eu gostar dele…

Havia de gostar de quem? já agora?

só se fosse do César Monteiro por questões de cinema mas esse já bateu as botas.

Se calhar havia de gostar dos que ganham milhões há revelia no Eixo do Mal…

é que é mesmo já a seguir

ehehe

“:O?

bem, eu estou a trabalhar e sem grande tempo mas ainda assim umas respostas curtas:

1- Eu gosto mesmo do VPV. Ponto final. Independentemente de estar em desacordo em relação a muitos aspectos políticos. Bastava ir ao Espectro e ler as perguntas que lá lhe deixei.

Gosto e já disse o motivo. Para além de gostar dele como historiador e plo dom magnífico da escrita, gosto como figura

íconoclasta de homem livre. E gosto por outro aspecto que está para além de alguma fragilidade (por vezes muita) como comentarista político- gosto da enorme perspicácia.

Se há qualidade que admiro é a perspicácia e ele tem-na a jorros.

Para além disso o estilo pessimista também faz o meu género em tudo e no caso dele é um pessimismo de coveiro- de bobo da corte perante um país que o mais que tem são meirinhos sabujos.

Só isto bastava para o admirar. Digam-me lá quantos tugas de nome temos que recusem cargos e probrramas e mais tretas para “curar o país”. Força, digam-me!. O que mais temos são comentadores de poder, historiadores da nação, literatos de partido, críticos de tevê e todos a meterem ao bolso para debitarem as maiores banalidades.
E sempre com aquele tom cretino de “médicos” de psicólogos da nação, de “é para bem do povo” etc. etc.

Depois ele não é vil. Não é nada JPP. É um liberal de temperamento acima de tudo. Nunca lhe apanhei uma cena mesquinha. Nunca. E é essa ideia de que apoiou o Soares é absolutamente tonta.

Já o tinha dito nos Marretas ha´3 anos quando ele disse que estava pelo Soares porque ele havia de vir a terreiro. E disse-o aqui ha´tempos no Mar Salgado ao FNV.

Ele não apoiou politicamente o Soares! seus tontos! não sabem ler, até parece..
ehehe

ele gosta no Soares daquilo que sabe que não tem: essa enorme força de esperança e essa crença inabalável nos bons valores de uma boa política de outros tempos.

È assim tão difícil de compreender?

Quanto ao vinagre ou ao açúcar são gostos.

E aí estão os meus. Detesto melicodoces e tudo o que me pode soar a zés-pereiras.
O VPV é bobo da corte mas o que é a corte que se lembra dele para uma treta destas?

Alguém é capaz de me dizer? que diabo, vocês iam dar um cargo destes ao VPV? não se estava mesmo a ver que uma treta destas de paleio xuxialista e educação do povo é coisa que ele detesta?

então é ou não é verdade que temos uns políticos de treta que precisam que VPVs o digam com todas as letras nos jornais?

Se não houvesse este espírito canino de idolatrar “figuras públicas” sem sequer se dar ao trabalho de saber o que elas pensam nunca lhe tinham feito o convite! voilá!

E se fizessem a outro, acaso estávamos agora a falar disso?

hããã.. rapazes, pensem lá e depois respondam enquanto eu trabalho

ehehe

bisou

  • Antónimo

Caro CBS (olha! os americanos estão a chegar), a pergunta “porque nos atura? que o prende aqui?” tem uma (várias?) resposta simples: em mais lugar nenhum do mundo teria notoriedade. O Woody Allen “explica” muito bem o fenómeno, no fim do Annie Hall (acho eu), contando uma anedota onde alguém se lamenta porque um familiar tem a mania de que é uma galinha: pergunta o interlocutor porque não o levam ao psiquiatra (ou analista?) e o familiar da pseudo galinha responde que precisa dos ovos. É, precisamente, este tipo de mesquinha relação que une tugas e vascos: ambos precisam dos ovos. Ambos são co-dependentes. E os ovos imaginários também são ovos e cumprem funções reais.

Já agora, esqueci de relevar um pontinho;
Se o VpV não queria aceitar o néscio convite (com todas as razões), porque não o recusou directamente, abstendo-se de publicitar?
Era mesmo necessário?
qual a necessidade?

“Ninguém me ama, ninguém me dá carinho” poderia ser o problema do VPV, o homem caiu num barril de vinagre quando era pequenino xiça!!!!!

😉

Zazie
Eu não disse que não aprecio o VpV.
Ao historiador respeito, e já li mais que um livro dele, tenho “O poder e o povo” como excelente para compreender a revolução do 5 de Outubro.
E no caso que referes (a recusa de lugares apalhaçados) tou de acordo, bem como em muitas análises realistas que faz.

É a postura PÚBLICA do homem que me faz alergia.
Aquele realismo corrosivo que envenena tudo, que condena sem remissão, e no fundo não passa de um Niilismo.
O homem convive mal connosco (com ele mesmo, acho eu)portugas, sem apreço pela “raça indígena”, antes percebe-se algum nojo pelo país em que vive.
Terá razão, e presumindo que há sítios melhores, porque nos atura? que o prende aqui?

É facílimo (tanto como ser dos salamaleques) ser arrasador neste cú de judas à beira mar.
A mensagem prá maralha (o povo que não se lava) é clara e taxativa: ao fogo com a Humanidade, ao fogo com o Universo.

E exemplos de má fé? também, também
A defesa abstrusa de Soares (grande visão política…)
A condenação sem remissão de Cavaco e Alegre; este, sendo-me especialmente caro, tocou-me a gentileza: a quem “a mediocridade faz popular”
Os eleitores são umas bestas e ele sabe tudo!

Desagrada Zazie, como gente, ele desagrada-me… provávelmente porque sou medíocre, claro!

OK, chega (e olha, sempre o vou lendo, feito masoc 🙂

beijocas Zaz

  • Antónimo

Á bom! Alívio. Respiração. A Zazie gosta do VPV porque ele é o bobo-da-corte, que ninguém lê como historiador (medíocre, com tiques geracionais que o promoveram: e lá fiocou, justamente porque ninguém o lê). Precisamente as razões porque não gosto. Partir a loiça, não fazer salamaleques, ter um ar gorduroso e sempre chateado, não há táxista lisboeta que não faça/não tenha. E a gente só leva com eles enquanto dura a corrida. E não têm a pose do só eu é que sei, só eu é que li e até tenho na biblioteca do avô. Ao contrário, o alfacinha fogareiro tem sempre a franqueza ingénua de quem só está a dizer o que toda a gente sabe (o que não é, nem remotamente, verdade, mas eles não conseguem perceber). Quanto a arrecadar, muito arrecada o tipo (licenciado em História!): é claro que não tem feitio para ministro, como o Carrilho não tem para sufragado (e, por isso, não verá Bruxelas, nem terá reformas das tais, nem luvas e sacos daqueles que sabemos). Mas, para uma capacidade de sociabilização daquelas, o que vai pingando enquanto oipinion maker (!) já é um rabinho viradinho prá lua que o tipo devia agradecer todos os dias e noites. Mas assustei-me: pensei que a Zazie gostava mesmo dele. Alívio.

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