Selecção de postais

Entre um snob e um cagão vai o passo de um anão

Reposição de um post de há não sei quantos anos (mais de uma década) com pequeno acréscimo do Lai (leich) de Aristóteles, sátira que originalmente era cantada, declamada aqui por um escritor de pequenos contos- O mexicano Juan José Areosa …………………………… “Entre a rua e o país vai o passo dum anão vai o rei […]

Barbadinhas muito femininas

{Reposição de reposição da Janela Indiscreta, com acrescentos em 2008 e agora na Eurovisão} Rainhas, princesas, santas e pecadoras até uma papisa, barbadinhas mas muito meninas houve-as para todos os gostos… Uma das mais célebres foi rainha e falsa barbada. Chamava-se Hatsepsut, era bonita e carismática, viveu no Antigo Egipto, 15 séculos antes da nossa […]

Os beija-cus- uma temática sempre actual

[reposição de reposição 2012 de reposição… de 2007] Vai abrir uma nova “loja” para iniciar jovens, dos 12 aos 21 anos, em princípios e rituais. * ou, o Carbúnculo quer-se tomado de pequnino. Em versão “rapa-tacho para a juventude”; com presunção q.b. e sem vergonha na cara (agora em farsa entre tenda pura contra tenda […]

As bolhas da macacada #2

Voltando às bolhas e aos ventos do carcanhol. Desta vez, um casalinho delas: a francesa da Companhia do Mississipi e a inglesa, da Companhia dos Mares do Sul que deflagraram no ano de 1720 para as quais as sátiras literárias e artísticas recorreram à memória das túlipas, fazendo charges de empréstimo. Arlequin Actionist, Amsterdam, 1720, […]

Variedades piscícolas

no Hortus Sanitatis (1485) da autoria de Johannes de Cuba (edição de 1500) 1 e 2- Umas esponjas e estrelas marinhas muito catitas descritas por Plínio. 3- Cães-marinhos – segundo Isidoro de Sevilha, tinham patas pequenas mas parece que eram terríveis- os gregos viram-se gregos com eles.4- Dois equónilus, que eram cavalos do rio e […]

O teatro de rua do santo louco Simeão

Simeão , o santo louco de Emessa – Síria-(c.522-590), faz parte desses saloi que levam aos limites a condição humana- oscilando entre as bestas e os anjos, num exemplo do absurdo em que a loucura abre as portas ao transcendente e o riso galhofeiro consegue desarmar o dissimulado do maligno. Simeão abandonou o cenóbio, juntamente […]

Uma barbadinha do deserto no Piemonte

Algo me diz que esta imagem se reporta a mais um caso de “santa barbadinha” assediada pelo demo, à custa da rara beleza que possuía. Os frescos de uma pequena capela dedicada a Santa Maria dos Campos, à saída de Londiona, em Novara, na região do Piemonte, incluem uma misteriosa imagem feminina que tem gerado […]

sapinhos do estelionato/versus bufarinheiros de alta-roda

{Reposição, com ligeiras alterações, a propósito destas mágicas “actividades financeiras” que às vezes, em vez de oferecerem príncipe de sapo, dão bode}. “Um bazar na cabeça”, é o que se pode concluir do relatório da vistoria técnica efectuada ao Cocanha. E o caso não é para menos. Graças à amabilidade de um poeta-hortelão, que não […]

As vanitas também se racionalizam

A Reforma Corria o ano de 1533, a Europa encontrava-se ameaçada pela ruptura política e religiosa. A França cercada por Carlos V; Francisco I a ameaçar a derrota que tivera no Sul; a Igreja perante a eclosão do cisma anglicano. Henrique VIII é excomungado ao divorciar-se para casar com Ana Bolena. Thomas More encontra-se preso. […]

Quando o veado dá bode

O veado místico também bodegou e a culpa até foi de um animal fabuloso- o aptalos traguelafos ou travesti de antílope. Estes bovídeos eram tidos por uma espécie bastarda do veado e a sua simbologia torna-se o negativo do veado místicoO animal era denominado tachamury entre os judeus ou jamur para os árabes. De acordo […]

Eles também preferem as louras

{Reposição da Janela Indiscreta, com acrescentos} Dizia Hildegarda de Bingen, no tratado de Física que redigiu por volta de 1150, que o macaco «como é muito semelhante ao homem está sempre a observá-lo para depois o imitar. Também partilha os hábitos de outros animais mas, ambos estes aspectos da sua natureza são deficientes, pelo que […]

sincretismos #2

Se os dedos e os gestos sempre se inscreveram numa linguagem mágica, os pequenos talismãs, colocados junto ao corpo, ainda lhes acrescentavam poderes superiores, como forma de enfrentar maus-olhados e doenças tão prontamente fatídicas em tempos mais recuados. O seu uso difundiu-se de tal modo que a preciosidade do material- como o coral ou marfim […]

3 anos de Cocanha

Três aninhos derivados de um engano técnico, apenas por teimosia de querermos criar um template. Depois da parvoeira feita, arrastando, sem se saber, a pista pelas janelas de comentários, lá tivemos de carregar o blogue às costas. Assim sendo, e como já vinham mais uns tantos de trás, aqui fica uma reposição repescada do limbo […]

Melius est fodere quam saltare

No meio de umas reflexões acerca da mística e das distracções do arraiasolado fenomenológico da criação, o caro Despastor invoca as nossas caçadas por terrenos escorregadios do catolicismo badalhoco. Impregnado de temores estéticos e sensuais à S. Bernardo, reconhece o caso extremo que lhe deitaria por terra as convicções religiosas, tão bem protegidas pela quentinha […]

As minhas árvores da vida favoritas #8

“este movimento circular não necessita de pernas, o universo foi criado sem pernas nem pés”Platão, TimeuA Árvore da Vida corresponde ao centro cósmico de um universo perfeito e circular, no sentido em que Platão já havia descrito no Timeu.No Jardim do Éden existiam duas árvores: a da Vida e a do Bem e do Mal. […]

Teratologia selvagem

Adulphe Delorgue, viajante aventureiro do início do século XIX, depois de passar vários anos entre os Bantus, garantiu que nem os Cafres seriam capazes de matar, à nascença, um filho monstruoso. Livingstone, que na mesma época explorou a Àfrica Austral, ao descrever os costumes dos Béchuanas diz precisamente o contrário. Qualquer ser disforme é imediatamente […]

Mannerbund dos sobrinhos do pato Donald

Continuando a história das ursas das rosas e dos ursos iniciáticos, passemos agora aos efeitos que a selvajaria pode provocar, quando eles e elas se ficam pela vida em bando. Entre os gregos chamavam-se ursas às meninas na altura do aparecimento das primeiras regras. Vemo-las como a a pequena e grande ursa das constelações, a […]

são uns caracolitos

O Pecay já falou deles, enquanto musicados e um tanto afrodisíacos, acrescentemos-lhe outras simbologias. caracóis enamorados- cadeiral de igreja de Gassicourt, Mantes-la-Jolie, séc XVI Caracóis aos pares ou caracóis a combaterem guerreiros e a perseguirem mulheres, abundavam na simbologia medieval como símbolo da cobardia ou da impotência masculina, também conhecida pelo “mal do caracol”. Mas, […]

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