Ao que parece, a crónica da merdaleja tem feito furor e já andam para aí uns semi-pereiras a desunharem-se para continuar a série.
Como se sabe, um semi-pereira é um Zé Pereira com doutrina mas sem carnaval. No entanto, o esforço da arte é idêntico, pelo que se torna de todo conveniente receber algumas lições prévias.

Não basta a um semi-pereira lidar com o bombo, tocar a gaita e fazer-se acompanhar do grupo dos cabeçudos; necesssita também de uma total fidelidade ao patrono, disponibilizando-se a arrotar postas de pescada por ele.

Uma vez que os interessados que por aí andam parecem um tanto desnorteados, aqui fica um bom portal Pimba ,onde poderão encontrar instruções técnicas para a aprendizagem da nobre profissão. As teóricas já devem vir de casa.

Depois de bem treinado o batuque, resta uma boa divisão de tarefas. Uns semi-pereiras espiam em alternância as caixinhas dos blogues de topo, enquanto outros procedem a uma mais rigorosa catalogação dos trolls para que o público compreenda.
Não esquecer que nunca se deve misturar um semi-troll-intelectual com um troll-piteco, sendo preferível juntar este último ao troll-mongo e emparelhar a troll-moça com o semi-troll-bitaite.
No final sorteiam o semi-pereira da semana para redigir a crónica e resta ter fé que com estas inovações mediáticas as vendas jornaleiras aumentem.

Entretanto o grupo de sapa dos Anónimos Anónimos já conseguiu identificar dois trolls .Quem sabe se assim se espanta a apagada e vil tristeza…

Em Portugal vi eu já
Em cada casa pandeiro
E gaita em cada palheiro;
E de vinte anos a cá
Não há hi gaita nem gaiteiro,
A cada porta hum terreiro,
Cada aldeia dez folias
Cada casa atabaqueiro;
E agora Jeremias
hé nosso tamborileiro.
Só em Barcarena havia
tambor em cada moinho,
E no mais triste ratinho
S’enxergava uma alegria

(Gil Vicente, Triunfo do Inverno)

[imagem: louco gaiteiro a cagar- cadeiral de Toledo, séc. XV]

bjs Antónimo

  • Anonymous

Ó, caríssimo musaranho!

És, ainda, mais ratão do que a Zazie. Está isto um verdadeiro país da cocanha tardo-medieval: pimba no bombo e zumba no pereira, Zés-Pereiras e gaitas e bombos e carnavais semi-pagãos. Os aparatchiks daquilo a que um nacional-porreirista famoso nos 80’s chamou “nacional-porreirismo”, excrecência de direita que afecta estruturalmente os ps, tenham ou não d, último caruncho do país de sacanas, pois os aparatchiks da mediocridade é que parecem varejeiras tontas de tanta cabeçada nos vidros, nas lâmpadas, na tv, grávidas de estupidez, a zumbirem invejas. Afasta a mobília, Musaranho, que elas esborracham a nhanha por toda a parte, numa tonteria kamikaze.
“Como se sabe, um semi-pereira é um Zé Pereira com doutrina mas sem carnaval. No entanto, o esforço da arte é idêntico”: como dizem os britânicos, caro Musaranho, não há lugar mais distante do primeiro do que o segundo – exactamente por isso, porque o esforço é o mesmo do que o do primeiro e a derrota é igual à do último.

Um grande abraço.
Antónimo

(Vai isto em segunda versão, porque a primeira não apareceu na caixinha..)

  • Antónimo

Ó que caríssimo musaranho!

Mais ratão, ainda, que a Zazie. Está este blog uma verdadeira cocanha tardo-medieval: pimba no bombo e zumba no pereira, cheio de Zé-Perereiras e carnavais semi-pagãos. Os aparatchiks daquilo a que um nacional-porreirista famoso nos 80’s já chamou nacional-porreirismo, uma excrecência de direita que afecta estruturalmente os ps com e sem d, caruncho mais recente do nosso torrãozinho ibérico, última das sacanices do país de sacanas, o tal em que já todos são dois (sacanas, bem entendido), pois os aparatchiks da mediocridade parecem varejeiras grávidas de tanta tontice á volta aqui da Cocanha: tão doidas andam, tanta cabeçada no vidro e na lâmpada e na tv, que até se tomam por heróis. Parecem o Cavaco a passar revista às tropas, o Cavaco, único presidente da III República (julgam que estão em França: mas cá não houve napoleões) que fez a tropa. Ganda Cavaco! Guerreiro. Guerreiro mais que os corifeus-varejeiras.
“Como se sabe, um semi-pereira é um Zé Pereira com doutrina mas sem carnaval. No entanto, o esforço da arte é idêntico”: caríssimo Musaranho, como dizem os britânicos, nenhum lugar é mais distantes do primeiro do que o segundo – exactamente por isso, porque o esforço é o mesmo… e perderam.

Um grande abraço.
Antónimo

  • Anonymous

Censura nos comentários? É assim que eles se apanham.

  • Anonymous

Parabéns ao comentador anterior pela coragem de ir contra o sistema. O PP é muito melhor do que esta fauna toda e isso eles não suportam e sentem-se afrontados. Há mais “semi-pereiras” do que musaranhos só que não estão para dar corda aos insultos.

Alberto Summavielle

  • Anonymous

Tanta parvoíce junta até enjoa! Só heróis defendem o JPP no meio desta matilha de mediocridades invejosas que dão graxa umas às outras, como se fossem sumidades elegantes, não são capazes de discutir, mas deitam lixo por toda a parte. O que vale é que ele não vos liga nenhuma, a não ser como fauna, para estudar á lente, como são os musaranhos. O mais engraçado é que naquilo de que o acusam fazem o perfeito retrato de si próprios.

Um semi-pereira que topa zazis e musaranhos à distância

Comments are closed.

↓